Granada é uma pequena bomba projetada para uso em curta distância. A idéia é muito simples: um material combustível é inflamado para produzir uma explosão - os gases se espalham muito rapidamente produzindo forte pressão expansiva. Os elementos essenciais de uma granada são o material combustível e o sistema de ignição.
Os sistemas de ignição podem ser de duas categorias: ignitores temporizados ou ignitores de impacto. A função de ambos é causar a explosão depois que a granada esteja a uma boa distância do arremessador. O ignitor em uma granada de impacto é ativado pela força da aterrissagem da granada no solo. Com uma granada temporizada, o arremessador aciona um deflagrador, mecanismo que detona a granada depois de um certo tempo (geralmente, depois de poucos segundos).
Na granada temporizada o mecanismo de disparo é engatilhado por um percussor com carga de mola no interior da granada. Normalmente, o percussor é mantido no lugar pela alavanca percussora na parte superior da granada, mantida em posição pelo pino de segurança. O soldado segura firmemente a granada, de modo que a alavanca percussora seja empurrada para cima, puxa o pino para fora e arremessa a granada. Eis o que acontece no interior da granada assim que é liberada: com o pino removido, nada retém a alavanca em posição, o que significa que nada prende o percussor com carga de mola. A mola dispara o percussor para baixo, contra a espoleta. O impacto acende a espoleta, criando uma pequena faísca; a faísca acende um material de queima lenta no deflagrador. Em aproximadamente quatro segundos, o material de retardo queima completamente; a extremidade do elemento de retardo é conectada ao detonador, uma cápsula preenchida com mais material combustível. O material em chamas na extremidade do retardante acende o material no detonador, causando uma explosão no interior da granada; a explosão causa a ignição do material explosivo circundante, criando uma explosão muito maior, que estilhaça a granada; os pedaços de metal da carcaça externa voam em grande velocidade, cravando-se em tudo o que estiver dentro de seu alcance. Esse tipo de granada pode conter arame serrilhado ou bolinhas metálicas adicionais para aumento dos danos resultantes da fragmentação.
As granadas de impacto devem permanecer desarmadas até que sejam disparadas de fato, porque qualquer contato acidental pode detoná-las. Como elas geralmente são atiradas de um lançador, precisam ter um sistema de armar automático. Em alguns projetos, o sistema de armar é disparado pela explosão do propelente que impulsiona a granada para fora do lançador. Em outros projetos, a aceleração da granada ou sua rotação durante o vôo arma o detonador. A granada possui um desenho aerodinâmico, com um nariz, uma cauda e duas aletas de vôo. O gatilho de impacto, no nariz da granada, consiste de um painel móvel montado com uma mola e um pino de disparo voltado para dentro. Como na granada temporizada, o mecanismo deflagrador possui uma espoleta e um explosivo detonador que faz a ignição do explosivo principal. Mas ela não inclui um elemento retardante químico.
Quando a granada está desarmada, o mecanismo deflagrador está posicionado na direção da cauda, apesar de ter uma mola que o empurra na direção do nariz. Ele é mantido nessa posição por diversos pinos de contrapeso montados com molas. O pino de disparo não é longo o suficiente para alcançar a espoleta quando o deflagrador está nessa posição. Se a placa do gatilho for pressionada acidentalmente, o pino deslizará de um lado para outro no ar e nada acontecerá.
Quando a granada é lançada ela começa a girar. Esse movimento é causado pelo formato e posição das aletas, além das ranhuras espiraladas no interior do cano do lançador de granadas.
O movimento rotativo da granada gera uma grande força centrífuga que empurra os pinos de contrapeso para fora. Quando eles se afastam o suficiente, liberam o mecanismo deflagrador, que salta para a frente na direção do nariz da granada. Quando a granada atinge o solo, a placa do nariz é forçada para dentro, conduzindo o pino de disparo contra a espoleta. A espoleta explode, causando a ignição do explosivo detonador e, conseqüentemente, do explosivo principal.
Categories: Apresentação de Física, Equipe Alfa
Posted on 10:56 by Fisica Sesi
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